APOSTAS: Nem sempre é preciso ser portador de conhecimentos sociológicos para analisar o quadro eleitoral. As vezes basta ter o senso desapaixonado de observação para se chegar a conclusão mais provável. Sobre a sucessão estadual seria precoce apostar em determinado nome, mas para a Assembleia Legislativa já é possível falar em favoritismo.
VANTAGENS: Em tese, quem ocupa hoje uma cadeira na Assembleia Legislativa tem a seu favor vários fatores. O mandato é uma arma poderosa quando usada com sabedoria em certos cenários políticos. Ele proporciona visibilidade na mídia e instrumentaliza ações políticas e sociais que capitalizam prestígio e reconhecimento na opinião pública.
CONCLUSÃO: Além dos que buscam à reeleição há vários nomes com boa votação que ficaram como suplentes no último pleito e que concorrerão novamente. São personagens com experiência e boa inserção em seus colégios eleitorais. A priori, em tese, estariam em posição mais favorável, mas sem garantia absoluta de êxito nas urnas.
PALPITES: São válidos. No aprazível saguão da Assembleia Legislativa na manhã da última terça feira, observadores foram unânimes – a disputa hoje seria por apenas 4 cadeiras. Portanto, salvo tropeços de última hora, a renovação tende a ser mínima. Vale lembrar que os atuais detentores de mandato acabaram beneficiados pela pandemia.
SAI DEBAIXO! Salve-se quem puder. No facebook e em outros nichos das redes sociais a guerra eleitoral ganha contornos jamais vistos num pleito doméstico. Esqueçam ética e princípios básicos das relações humanas. Está valendo absolutamente tudo na batalha para seduzir o eleitor, do humor sarcástico às acusações com imagens de arrepiar.
IMPOTENTE? O mau uso da internet nas eleições é objeto de promessas de combate com leis rigorosas. Mas o que se vê é a esperteza, a criatividade e a ousadia formando um trio que caminha à frente do poder público. A demora nas investigações acaba favorecendo os abusos que provocam estragos imensuráveis. Afinal, na política o que vale é a versão do fato.
QUE CRISE? Se até a banana anda cara, a esperança do pobre é que a generosidade ocasional dos candidatos lhe garanta um suspiro temporário. Sobre a relação cumplice entre eleições e a circulação do vil metal, tem certo sentido a tese surrealista de que no Brasil as eleições deveriam acontecer todos os anos. Mas, após as eleições tudo fica como antes e o pobre não ganha nem um ‘bom dia’.
PESQUISAS: Sobre elas temos falado muito. Mas como campanha eleitoral é igual a viagem pelas estradas brasileiras, imprevistos não são descartados. Pode aparecer de tudo no caminho e o que era bom fica ruim. Os candidatos estão apostando no horário eleitoral para solidificar os redutos conquistados e convencer os eleitores indecisos que são muitos. Lembrando que o eleitor quer ouvir projetos e não apenas ‘oba oba’.
AJUDA? A vinculação de candidaturas locais ao Governo de Bolsonaro deve ser benéfica, tendo como ponto de referência a ex-ministra Tereza Cristina. Mas é claro que apenas esse vínculo midiático não será o bastante para garantir a eleição de alguns postulantes com pouca eficiência comprovada ou de preparo duvidoso para suas pretensões. Podem ficar à beira do caminho.
‘REMEMBER’: No Brasil há ondas eleitorais vencedoras. Foi assim em 1986 com o MDB varrendo a oposição de ponta a ponta. Depois tivemos o PT protagonizando o episódio conhecido. Nos dois casos muitos oportunistas se saíram bem. Agora percebe-se que alguns fantasiados de verde e amarelo pegando carona na ‘Onda Bolsonarista’. Sinceramente não sei qual o percentual de eleitores simpáticos a estratégia.
OPINIÕES: “É só fazer um raciocínio: temos eleições a cada dois anos no Brasil. Tudo que o governo fizer é campanha eleitoral” (Dilma Roussef). “Pesquisa não definem resultados. Se definisse, Paulo Maluf teria sido eleito governador de São Paulo em 1998 e Lula presidente em 1994” (José Serra).